01/05/2008 - 20h56
EFE
Em Washington
O Banco Mundial (BM) aprovou hoje uma nova Estratégia de Parceria com o Brasil (CPS, na sigla em inglês), que contempla a entrega ao país de cerca de US$ 7 bilhões em financiamento ao longo dos próximos quatro anos.
"O apoio do Grupo Banco Mundial enfocará principalmente desafios estruturantes e de longo prazo, onde o Brasil ainda não encontrou soluções e para as quais a experiência internacional pode ter grande valor", informou a entidade em comunicado.
O presidente americano, George W. Bush, pediu nesta quinta-feira ao Congresso que aprove um pacote adicional de 770 milhões de dólares destinado ao combate da crise alimentar mundial, informou a Casa Branca, em um comunicado.
Declarando-se "preocupado" com a crise, Bush afirmou, na declaração divulgada pela Casa Branca, que os 770 milhões de dólares vão se somar aos cerca de 200 milhões de dólares anunciados recentemente, o que eleva a ajuda americana para pelo menos 1 bilhão de dólares
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O BM destacou que a situação macroeconômica do país é agora muito melhor. Isso tornará possível que em vez de grandes empréstimos federais destinados a apoiar a balança de pagamentos, a maior parte do programa federal se concentre em assistência técnica de âmbito ambicioso, mas modesto volume financeiro.
"Os estados receberão a maior parte (70%) dos financiamentos do Banco, baseado em suas prioridades de desenvolvimento e em conformidade com a Lei de Responsabilidade Fiscal", afirma a nota do BM.
A entidade anunciou ainda que a nova estratégia se concentrará em áreas como desenvolvimento de infra-estruturas, estabilidade fiscal no longo prazo e qualidade da "educação básica e média".
A estratégia inclui também um arcabouço para o envolvimento com o setor público e privado na Amazônia.
"O Arcabouço de Parceria na Amazônia é diretamente derivado do Programa Amazônia Sustentável (PAS) do Governo brasileiro. Ele oferece uma abordagem integrada", completa o comunicado.
O BM e o Brasil também colaborarão na busca de soluções a desafios globais e regionais como a mudança climática, os biocombustíveis, o comércio e o desenvolvimento de infra-estruturas.
Dentro dessa aliança estratégica, o BM aprovou hoje os primeiros três empréstimos ao Brasil de um montante total de US$ 1,6 bilhão.
O primeiro desses empréstimos - US$ 976 milhões - será concedido a Minas Gerais para que o estado melhore a qualidade e a eficiência de seus serviços públicos, com o objetivo geral de impulsionar o crescimento econômico e reduzir a pobreza.
O segundo empréstimo - US$ 84 milhões - será destinado à ampliação de serviços médicos a grupos vulneráveis que carecem de um acesso ao sistema hospitalar.
O terceiro - US$ 550 milhões - visa a melhorias nos serviços de transporte público da região metropolitana de São Paulo.
UOL
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