terça-feira, 24 de janeiro de 2012


FMI: economia brasileira deve crescer 3%

Fundo Monetário Internacional reduz projeções do crescimento da economia mundial em 2012 e 2013
O FMI (Fundo Monetário Internacional) reduziu as projeções do crescimento da economia mundial em 2012 e 2013, de acordo com o relatório Perspectivas da Economia Mundial, na tradução livre de World Economic Outlook. O documento foi divulgado, nesta terça-feira, na capital norte-americana, Washington.

Para o Brasil, o FMI prevê um crescimento de 3% da economia neste ano, abaixo da média global de 3,3%. Em 2010, a projeção de crescimento da economia brasileira foi de 7,5%, acima da média global de 5,2%.

A redução da perspectiva de crescimento mundial foi motivada principalmente pela deterioração econômica na zona do euro. "A principal razão é o recrudescimento da crise na zona do euro, que interage com fragilidades financeiras em outros lugares", diz o relatório.

Crise europeia


Para o FMI, a crise na Europa também repercute de forma negativa nas economias emergentes. "O crescimento em economias emergentes também deve desacelerar por causa do pior ambiente externo e um enfraquecimento da demanda interna", ressalta o documento.

A previsão anterior para a economia mundial foi divulgada no ano passado e previa uma expansão de 4%. Para 2013, a perspectiva é de uma expansão de 3,9%, o que representa um corte de 0,6 ponto percentual. Para a zona do euro, o relatório prevê uma retração de 0,5% em 2012. A previsão anterior era de uma expansão de 1,1%. Para 2013, o relatório prevê uma recuperação lenta, com expansão de 0,8%.

O relatório expressa ainda forte preocupação com a saúde financeira das instituições bancárias e também com a falta de medidas eficazes na busca do equilíbrio fiscal dos países europeus. "Especificamente, preocupações com perdas no setor bancário e com a sustentabilidade fiscal levaram a uma ampliação nos juros de títulos soberanos para muitos países europeus", destaca o FMI.

China e EUA

Para a China, o relatório prevê uma expansão, em 2012, de 8,2%, uma diferença de 0,8 ponto percentual em relação à previsão anterior. Já em relação aos Estados Unidos, apesar dos riscos para a economia considerados pelo FMI, o relatório manteve a estimativa de crescimento de 1,8% em 2012. De acordo com o relatório, “o impacto desses eventos no crescimento será compensado pela forte demanda doméstica subjacente em 2012".

"No médio prazo, Estados Unidos e Japão devem formular e implementar um plano de consolidação factível, pois nenhum dos países pode confiar em sua condição de refúgio seguro", sugere o organismo internacional no relatório.

FMI prevê crescimento menor no Brasil e recessão na zona do euro (Postado por Lucas Pinheiro)

O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para 3,3% a previsão de crescimento para a economia mundial em 2012, segundo relatório divulgado nesta terça-feira (24). Em setembro, o fundo projetava uma alta de 4% no Produto Interno Bruto (PIB) deste ano.

 A zona do euro, centro das atuais tensões econômicas, deve registrar recessão no ano, com contração do PIB em 0,5%. A revisão aponta uma piora considerável em relação às perspectivas de setembro, quando o Fundo apontava para um crescimento de 1,1% na economia da região.

Segundo o FMI, as crescentes tensões na zona do euro e a fragilidade nos demais locais ameaçam a recuperação global.

 “O crescimento nas economias emergentes e em desenvolvimento também deve perder força, em consequência da piora no ambiente externo e um enfraquecimento da demanda interna”, diz o FMI no estudo.

O Fundo aponta, no entanto, que as novas projeções indicam que a economia global está “desacelerando, mas não entrando em colapso”.

Na segunda-feira, a presidente do FMI, Christine Lagarde, já havia afirmado que o Fundo rebaixaria suas previsões de crescimento para boa parte do mundo, inclusive os países emergentes, que têm ajudado a guiar a expansão econômica, como Ásia e América Latina.

"Mesmo essas previsões mais baixas presumem um caminho político construtivo que, de forma nenhuma, está garantido", disse Lagarde.

Piora em todas as regiões
O fundo revisou para baixo as perspectivas de crescimento para todas as regiões avaliadas, exceto os Estados Unidos, onde a previsão de alta no PIB foi mantida em 1,8%. Para o Brasil, o FMI agora prevê uma alta de 3,0% no PIB de 2012. Em setembro, a expectativa era de crescimento de 3,6%.

Para a China, a previsão de crescimento foi reduzida de 9% para 8,2%, enquanto a Índia deve registrar expansão de 7%, ante 7,5% previstos anteriormente. Juntas, as economias emergentes e em desenvolvimento devem apontar uma expansão de 5,4% em 2012.

“Nas economias emergentes e em desenvolvimento, o foco no curto prazo deve ser em responder à moderação na demanda doméstica e à desaceleração da demanda externa das economias avançadas, e ao mesmo tempo lidar com os fluxos voláteis de capital”, diz o FMI.

Na Europa, Espanha e Itália devem registrar recessões acentuadas, com contrações de 1,7% e 2,2%, respectivamente. A Alemanha deve ter crescimento tímido, de 0,3%.

Comércio internacional
Com a piora nas perspectivas, o FMI também revisou para baixo a expectativa de crescimento do volume global de comércio em 2012. Em setembro, a previsão era de expansão de 5,8%; agora, é de 3,8%.

‘Área de risco’
O FMI afirmou também nesta terça que os riscos à estabilidade mundial cresceram, “apesar das várias ações tomadas para conter a crise da dívida da zona do euro e os problemas bancários”.

“A crise da dívida da zona do euro se intensificou ainda mais, necessitando de ação urgente para prevenir resultados altamente desestabilizadores”, afirma o FMI.

De acordo com o fundo, os Estados Unidos e outras econômicas avançadas podem ser afetados por uma potencial intensificação da crise da zona do euro. “Os acontecimentos na zona do euro também ameaçam a Europa emergente e podem se alastrar a outros mercados emergentes”, diz o estudo.

domingo, 8 de janeiro de 2012


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